Tuesday, November 27, 2007

Video-Game

Considero jogar video-game uma atividade pra meninada. Talvez porque aquela imagem impregnada em algum canto da mente que vem quando pensamos em algo ainda era de um Atari que meu pai trouxe pra casa quando eu tinha 8 anos. Se bem me lembro a fita que vinha junto era Missile Command. Jogávamos nós quatro lá em casa sem parar. Acho que eu era o melhor de todos, mas pode ser só minha imaginação querendo me fazer acreditar nisto. Meu pai comprou o Atari, sim, legal. Mas também logo estabeleceu que seria uma fita por mês e só. Puxa vida, pai! Aqueles jogos de Atari eram fácil de enjoar. Não tinha locadora naquela época. De qualquer maneira, a cada mês ele comprava um novo jogo no dia do pagamento do seu salário.River Raid, Pac-Man, Frostbite, “Aquele da galinha atravessando a rua” e por aí ia. Depois no futuro tive um Master System, um Mega Drive e finalmente um Super Nintendo. E parou aí. Gerações e mais gerações de sistemas apareceram, mas a imagem cognitiva era a do bom e velho Atari.

Estas memórias habitaram meu consciente nas últimas semanas enquanto considerava se deveria ou não comprar um aparelho de video-game. E era só o começo. Sabia também que ia acabar gostando e isso não seria bom. Já chega as horas de computador diárias no escritório. Agora mais umas horas em casa de uma atividade preguiça?

Encontrei um meio termo. O tal do Wii. Não se é o mesmo que ir pra academia, tá certo. Mas dá para suar um pouco batendo numa bola de tênis virtual ou jogando boliche de mentira.



E quanto a voltar a ser criança... sim acontece e faz bem.

Tuesday, November 20, 2007

O Livro e o Kindle

O livro é o símbolo supremo da inteligência, da sabedoria e da cultura. Mas o que diabos é um livro afinal?

Um livro é composto de páginas. Páginas são retângulos de papel grudadas em um dos lados por cola, grampos ou costura. Várias destas páginas cobertas por um outro pedaço de papel, geralmente mais grosso e/ou com algum tipo de ilustração, chamado de capa, fazem um livro.

Pronto.

Ah, detalhe que eu quase esqueci. Um livro só é um livro mesmo, se neste monte de papel estiverem impressos símbolos chamados letras. E tem mais. Estas letras devem estar organizadas em palavras e as palavras em frases. Quando estas frases têm uma certa ordem e coerência e transmitem idéias aos leitores (leitores são as pessoas que olham para um livro e decodificam os símbolos em suas cabeças) temos finalmente o livro.

Pronto? Na verdade não.

O livro transcende o físico. A manifestação física, o objeto em si não é nada, de nada interessa. Afinal que uso tem um monte de papel? Fazer fogo, talvez. O livro é na verdade as idéias que ele transmite. Estas idéias são o que alimenta a inteligência, a sabedoria, a cultura dos homens. Em suma: dane-se a forma e viva o conteúdo.

Todos concordam? Com perdão pelo lugar-comum (lugares-comuns são atentados a boa escrita de frases e de livros): Aí que o bicho pega.

A maior empresa virtual e maior revendedora de livros do mundo, a Amazon.com, acaba de lançar o Kindle, “a evolução (substituição?) do livro”. O Kindle não tem nada a ver com um livro na forma. É de plástico, vidro, silício e todos estes materiais que constituem um computador moderno.

O problema é que prevejo que autores e leitores discutirão e tomarão lados se são adeptos ou não do livro digital. Eu consigo já visualizar muita gente boa criticando o Kindle e defendendo o valor do livro impresso. Mas não haverá perdão para estes últimos. Eles estarão dando valor a um monte de papel e esquecendo o que realmente importa. E logo eles que lêem tanto e portanto deveriam ser adoradores da inteligência, sabedoria e cultura.




Para saber mais sobre o kindle (em inglês):

Sunday, November 18, 2007

Mais Momento Jaba

Caron é meu amigo e cumpadi
A foto minha no seu blog me fascina
Entra lá agora e não de tardi
Que prometo pará com estas rima

Clica aqui: Blog do Caron

Friday, November 16, 2007

Meu nome é Valério. Eu sou um alcóolatra.

"Um copo só... ou será meu vício “falando” comigo. Não gosto desta expressão. Mas nas reuniões dos Alcóolicos Anônimos é comum se falar do vício como uma entidade separada, um ser de vontade própria que “pensa”, “fala”, “sugere” coisas ao seu portador. Mas minha vontade de assistir televisão tem a mesma voz do meu vício em álcool. Como posso diferenciar o que é o vício “falando” e o que é simplesmente vontade própria? Este mesmo exemplo da TV seria derrubado por meu patrocinador por ser um outro vício. Vício por televisão. Tem gente viciada em tudo, desde exercício físico até o vício em outra pessoa. Da onde vem toda esta invenção? Que se dane é tudo história, é tudo papo. Vou tomar um copo de vinho. Não! Deve ser o vício falando. Mas o que é pior? As conseqüências da bebida ou essa voz que só se cala quando bebo? Minha mulher me largou, mas e daí: Ela iria me largar mesmo se eu fosse um padre. Péssimo exemplo. Padre não se casa. Mas o ponto é que aquela vagabunda estava me traindo mesmo antes de nos casarmos. De novo este pode ser só o vício me induzindo a beber. Somos então uma entidade anexada ao vício e não o contrário. Não sei. Não sei de nada. Ninguém fala das coisas boas que a bebida traz. Sim, fiz amigos e descobri coisas novas em conversas de bar. Nos últimos 3 anos 4 meses e 21 dias quando não bebi, assisti televisão e naveguei na internet como se não tivesse mais compromisso na vida. E não tinha mesmo. Não criei amizades verdadeiras em conversas na internet. Minha vida sexual está reduzida e uma puta por mês quando posso pagar e horas de pornografia diária. Meu patrocinador diz que eu tinha um vício cruzado, sexo e bebida. Agora que estou “em recuperação” de um, falta “administrar” meu outro vício. Mas que droga...O sexo é uma necessidade básica... Mais uma vez, isso só pode ser meu vício em sexo falando comigo."


Este é um minuto na minha vida. Penso coisas como esta todas as horas que passo acordado. Minha vida se resume a isto aqui que escrevi, com algumas pequenas variações, multiplicada por cada minuto que ainda me resta nesta terra.

Momento Jaba

Forte e inteligente é a Marina
Tem um blog sobre rock e tudo
Cês por favor perdoem minhas rima
Mas entrem todos lá seus puto

Clique já: Máquecousa

Tuesday, November 13, 2007

Para melhorar a distribuição de renda

O Facista:

Para melhorar a distribuição de renda deveríamos proibir que os pobres tivessem filhos. Para poder ter um filho o cidadão deveria ter que pagar um valor de, por exemplo, uns 100 mil dólares para o governo. Os ricos teriam obviamente mais filhos e suas fortunas seriam divididas entre os filhos por gerações fazendo que com a riqueza fosse cada vez mais distribuída entre vários indivíduos. Os pobres logo seriam minoria, então os trabalhos na base da cadeia alimentar teriam mão-de-obra escassa e por consequência melhores salários. A grana paga para o governo serviria para manter um sistema de busca e apreensão de rebeldes tendo filhos escondidos. Cidadãos que tivessem filhos escondidos, pobres obviamente, seriam executados. O mesmo valeria para seus filhos nascidos sem o pagamento da taxa. Oquê só aceleraria o processo de avanço a uma sociedade mais equilibrada.

O Comunista:

Só os pobres poderiam ter filhos. Se o cidadão fosse rico, não poderia ter filho. Quando ele morresse seu dinheiro seria distribuído pelas famílias pobres que mais filhos tivessem. Ricos que tivessem filhos escondidos teriam toda sua fortuna apreendida e distribuída também. Depois de alguns anos os ricos estariam extintos e a renda dividida entre as pessoas.

Friday, November 02, 2007

Recebi um email sensacional da minha mãe (enviado para meu irmão e eu):

Lembro de vocês pequenos me pedindo para fritar cebolas. Então eu fritava na manteiga (ou margarina) e colocava um pouco de açúcar e deixava tostar e ficar com uma cor bonita. Vocês adoravam. Agora aprendi a cortar as cebolas em tamanhos grandes, temperá-las com sal, azeite, cominho e pimenta e levá-las no microondas por mais ou menos quatro minutos. Fica uma delícia tanto quente como gelada. Huuummmm...Tenho feito muito. Agora outra: pegue a batata, faça uns 4 furos com a ponta da faca na casca e leve no microondas (no seco, sem água) por 4 minutos. Deixe esfriar e descasque e use como quiser. Teu pai acabou de ligar que não virá passar o feriado em casa porque ainda está em São Paulo sem dormir (já era meio dia), porque quando estavam taxiando o avião para decolar o freio grudou, estourou o pneu e pegou fogo no pneu. Agora o avião está em manutenção e estão atrasados com a carga. Então ele vai ficar em Porto Alegre no final de semana e só virá pra casa terça-feira cedo. Beijos. Mãe.

Sensacional por dois motivos. Porque é da minha mãe e mãe é mãe. As receitas de cebola e batata enviadas para dois marmanjões um nos EUA outro na Austrália demonstram o carinho que uma mãe tem pelos filhos para todo sempre. E por causa da melhor parte: O que é mais trivial que receita de comida? O que é mais sério que um acidente aéreo? Minha mãe num texto só passa de um assunto para outro sem dar tempo de deixar o leitor piscar. Sensacional! Fico imaginando a mente de uma pessoa com medo de avião admirada com a casualidade deste email. Bem, a explicação para estes outros mortais é que meu pai voa há mais de 35 anos e para nós quatro quase-acidentes são arroz e feijão mesmo.