Sunday, January 28, 2007

Olhe para cima



Imagens de baixo pra cima em downtown Houston.

Saturday, January 27, 2007

Flores

Ontem eu comprei este ramalhete de flores silvestres no mercado e me dei de presente.



Eu gosto muito de flores.

Já encomendei ou comprei muitos buquês de flores para ex-namoradas, amigas e parentes. Algo que eu queria muito era receber um buquê. Eu já deixei claro pra diversas namoradas que gostaria de ser surpreendido por uma entrega em casa ou no trabalho. Mas isso nunca aconteceu. Sei que entre a maioria dos meus amigos homens soa afeminado gostar de flores. Eles me mandarem flores então seria o cúmulo da frescura pros dois lados de acordo com o que eles acreditam. Eu, entretanto, já dei flores para homens.

Mas mesmo as meninas por que nunca me deram flores?

Deixo aqui meus endereços para se algum leitor, homem ou mulher, quiser realizar meu sonho de receber flores:

Casa: 315, Hadley St. #3326
Houston TX 77002

Trabalho: 1021 Main St. 6th floor
Houston TX 77002

Thursday, January 18, 2007

"Passou rápido demais"

Li uma vez, que quando perguntado sobre que comentário ele tinha sobre a vida, o velho homem responde:

“Passou rápido demais.”


Eu aqui de baixo dos meus 28 anos já vejo uma vida que se vai ligeira. Vejo inclusive um eu velho pronunciando a mesma frase acima. De alguma maneira eu já estou lá, já sou um Augusto próximo à morte olhando para uma existência que passou depressa demais.

É um pensamento deprimente?

Pelo contrário.

É reconfortante para o momento de dor pois sentir dor é estar vivo.
É analtecedor dos tempos de contentamento.



Desenho

Tuesday, January 16, 2007

Meia Maratona de Houston

Passei a semana passada inteira falando para meus colegas de trabalho, “No domingo eu vou correr a meia maratona de Houston”. Podia ser só impressão minha, mas eles lançavam um olhar incrédulo e olhavam direto pra minha barriga.

Faz até um certo sentido. Inscrevi-me para a corrida de 21 Km em Junho do ano passado. Treinei por 4 semanas e me apareceram umas dores no osso da canela. Segundo os corredores mais experientes, como um maratonista que trabalhava comigo, aquilo eram pequenas rupturas nos ossos, e o corredor tem que parar por uma ou duas semanas e colocar gelo. Fiz isso e bem preguiçoso não voltei mais a treinar. As curtas corridas duas vezes por semana não serviram nem pra diminuir a barriga, quanto mais para valer como treino pra uma meia Maratona.

Mas eu estava confiante. Fiquei uns bons e longos cinco dias sem tomar cerveja. Não comi tanta carne vermelha e principalmente falei pra todo mundo que iria correr. Eu propositalmente criei esta pressão psicológica. Se falasse pra todo mundo, tinha que cumprir.

“Que burrada” não saía da minha cabeça nos primeiros 5 quilômetros. Depois até o quilômetro 10 essa idéia foi esquecida. Havia tantas pessoas motivando os corredores que parecia que ia dar. Cada copo d’água entregue por alguém dava força pra mais uma meia dúzia de passos.No quilômetro 15, observando muitos já caminhando, eu só pensava: “Se eu começar a caminhar não termino esta prova.” Pensamento só interrompido pelo “Que burrada” que agora voltava pra querer me matar na praia. A placa da rua que leva até minha casa “West Grey” era o convite pra ir pra casa. Estava alí do lado, mas eu teimoso, não parava de correr.

O percurso inteiro foi beirado por torcedores, mas nos dois últimos quilometros havia muito mais pessoas gritando e aplaudindo. Infelizmente, lá eu já não ouvia mais. Também não sentia mais dor, não pensava em mais nada. Até finalmente perceber que a faixa da chegada passava sobre minha cabeça e concluir: “Eu consegui”.

Saturday, January 13, 2007

Bagunçeiro com orgulho

O trecho de texto seguinte é do Pedro Doria, publicado no Nomínimo.

Publico, aqui, agora, por ser um bagunçeiro profissional desde que era pequeno. Eu sou realmente bom. Posso desarrumar um apartamento inteiro em poucos minutos. Eu ficava bravo e irritado quando diaristas arrumavam meu quarto. Todo o trabalho que tive tinha sido destruído.

O livro se chama A perfect mess: the hidden benefits of disorder – how crammed closets, cluttered offices, and on-the-fly planning make the world a better place. Carece de fôlego para ler, mas traduz-se mais ou menos assim: A bagunça perfeita; os benefícios escondidos da desordem – como armários entulhados, escritórios cheios de pilhas e planejamento em cima da hora fazem do mundo um lugar melhor.

Fazem mesmo.

Um trecho da resenha da Economist:

"O lobby da arrumação fala dos benefícios da organização mas não de seus custos. Um sistema de organização no qual os papéis importantes ficam próximos do teclado e o resto distribuído em pilhas mais ou menos desconexas não toma muito tempo para gerenciar. Guardar cada papel em uma categoria precisa, com códigos de cor separando pastas e um sistema de referências cruzadas tomará tempo. No fim, provavelmente não economiza o tempo perdido."

A tese dos autores vai além:

"Os autores do livro passam pela psicologia, estudos de gerência, biologia e física para mostrar porque um pouco de bagunça faz bem. Principalmente, ela cria mais espaço para coincidência e surpresas. Alexander Fleming descobriu a penicilina porque era notoriamente desorganizado e não limpou o prato de cultura, permitindo que esporos de fungos matassem bactérias. Ele comentou ácido ao visitar o laboratório impecável de um colega: ‘nenhum risco de criar mofo, aqui’."


Viram, pai e mãe? Eu sempre estive certo.

Tuesday, January 09, 2007

Besouros Espanhóis

Tinha bem só umas quatorze pessoas asssitindo ao show do quarteto de meninas. Depois percebi que três dos presentes eram da equipe de apoio.

O lugar escolhido era, entretanto, simpatissíssimo, composto de um pedaço de areia cercado de bananeiras e palmeiras em contraposição à decadente área de armazéns de Houston em volta. (Farei um post sobre o lugar algum dia.)

Elas tinham tocado Janis Joplin, Johnny Cash, Eric Clapton e do AC/DC, “It’s a Long Way to the Top”. Por aí. As pessoas estavam pedindo músicas e este diálogo que lhes conto aconteceu. Juro.

Eu, gritando: The Beatles! (com, obviamente, sotaque brasileiro, mas nem tanto)

Eu, de novo: The Beatles!

A vocalista, confusa: Isso é uma banda espanhola?

Eu, mudo sem saber o que falar: Annn?!

A vocalista, agora confiante: Bem, eu vou tocar um Guns n' Roses que é por aí.

Crianças, não usem drogas.