Saturday, September 30, 2006

Thursday, September 28, 2006

Redenção

O Juquinha fazia o dever de casa religiosamente.
O Juca preparava a palestra semanas antes da apresentação.
O Júlio Santos não perdia tempo com bate-papo pois tinha que caprichar na monografia.

O Sr. Santos precisa do relatório para ontem.
"Mas, mas eu preciso de tempo pra preparar".
Sua mulher o havia deixado.
Dr. Santos está chorando sem ter pra quem ligar.

"Foda-se o sistema".
A bala quebra sua mandíbula.

Monday, September 18, 2006

O dia em que voltei a ser Brasileiro.

Não, meus amigos, não encontrei uma Skol para tomar aqui nos EUA. Há sim, Brahma, mas nem por muito amor à pátria. Mas não foi isso que garantiu meu direito de me chamar Macunaíma. Se você chutou que adotei o Manoel Carlos como guru sexual, errou. Ainda não é isso. Poderia, talvez, ser o fato de eu entender que política de qualidade no Brasil é feita por um maconheiro. Ou ainda por eu cantar Brasil, um sonho intenso, um raio vívido na primeira parte do hino, e na segunda Brasil, de amor eterno seja símbolo. Pô, fala sério! Nisso, até você caro leitor se embanana.

Mas não foi nada disto, meus caros. Ontem me redimi das minhas estadosunidencices assim: Fiz um furinho numa lata de leite Moça e tomei no bico.

O Dia em que me tornei Americano.


Sim, meus amigos, estou tomando Budweiser. Mas não é isso que me me classifica como um legítimo americano. Também não foi a criação do hábito de dirigir por highways comendo um Whopper do Burger King e tomando Doctor Pepper. Mesmo sendo um aficcionado por Nascar, Luta-Livre e Futebol Americano e apreciador de seios volumosos há algo além destes quesitos para merecer ser filho do Tio Sam. Talvez se eu tivesse esquecido que a capital do Chile é Santiago, ou que, veja que incrível, Madagascar é um ilha na costa leste do continente africano, eu estaria mais próximo de merecer carregar no peito as listras e estrelas. Quem sabe seriam meus vários quilos a mais que me dão este direito?

Nada disto. Alcancei o apogeu rumo a americanizacão há algumas semanas, quando num descuido na preparação da mala me vi fadado ao sacrifício extremo e consequente caracterizacão do americanismo puro. Andei pelas ruas de calça jeans e tênis branco.

Wednesday, September 13, 2006

Coisas de cama

Gosto de escorregar a mão bem de leve do lado da barriga da menina, na cintura, antes dos quadris e das coxas, onde fica a linha do biquíni. Se saber fazer, dá uma tremidinha, quase um choque elétrico. Como quando se esfrega o dedo polegar no couro do tamborim o fazendo vibrar. Mas pra percurssão mais força que para a pele onde o que conta é o jeito. Mas parece que só dá para fazer em certos dias. Tem que estar frio, não muito frio, e seco, bastante seco. Não sei os números em celsius ou a humidade relativa ideal porque não é hora de pensar nisto quando se tem a menina nua ao seu lado na cama. E agora, lembrando, só funciona nela e em outras como ela, cheinhas.

Tuesday, September 12, 2006

Blog amigo "Projeto Canción"

Michele e Thiago pegaram a estrada e foram explorar a América do Sul. Pegando carona e vendendo artesanato com o violão a tira-colo os dois jovens prosseguem.

Até aí nada de mais, hippie tem em todo canto. Mas acontece que os dois são geniais. A Michele escreve muito bem e tem a cabeça certa para analisar este mundo incerto. E o Thiago, bem, o Thiago, é um artista da vida. Leva a existência como quem toca Jazz de improvisso. Tem amigos barrocos, bauhausianos, dadaístas e surreais. Lembro de quando ele passou num concurso do Banco do Brasil, de primeira sem esforço, só para dançar sobre a mesa de jantar do status quo. Largou aquela vida, porque VIDA é só essa só, e saiu pelo mundo.

Eles tem um blog. Olha aqui.


PS. Os dois foram (ou ainda são) estudantes comigo de Comunicação Social na Federal do Paraná, que também é pra quem pode. Assim os conheci.

Monday, September 11, 2006

As engrenagens te pegam pelo rabo

Admito, estou sendo corrompido pelo sistema.

Hoje, segunda, a Belga que trabalha comigo pergunta em inglês com sotaque francês como havia sido o meu final de semana. “Foi legal. Li bastante e fui duas vezes ao cinema”, declaro. Rebato com a mesma pergunta. Ela conta que fez bastante exercício mas o ponto alto tinha sido ficar ao sol. E eu, mané, falo com um tom sarrento, “Olhando assim você parece uma pessoa simples, mas você gosta mesmo é da vida boa.” Ela, com razão, responde, “O que que tem mais em ficar ao sol!? É de graça, está aí para todos”.

Os americanos típicos, movimentam a máquina capitalista indo comer em restaurantes e fazer compras durante toda a semana mas em especial nos finais. É regra, todo mundo faz. Daí aparece uma pessoa que tira uma satisfação plena de algo simples e grátis como ficar ao sol, me atrapalho. Soou como luxo.

Desculpa.

Sobre o filme “O Ilusionista”


O geralmente bom Edward Norton é o mágico Eisenheim na Viena de 1900 e uns pouquinhos que quer tomar para si um amor de infância agora prometida a um membro da realeza. Ele então paralelamente as populares apresentações mágicas nutri a paixão pela amante e divide com ela a angústia de não poderem estarem juntos.
Nada de novo, só a manjada fórmula do amor impossível. Parece que o público seria seduzido pelas apresentações do ilusionista. Mas o problema é que truque mágico só tem graça ao vivo, no cinema, obviamente fabricado por efeitos digitais, fica chatíssimo.

Nota. C+ (O Edward Norton também não estava tão bom).

Wednesday, September 06, 2006

Receita

Já se pregou que para um vida plena o homem precisa:

- Plantar um árvore.
- Escrever um livro.
- Fazer um filho.

Não é costumeiro neste blog fazer-se listas, mas perante tal determinação existencial seria covardia se calar. Criamos, portanto, A Lista Ornitorrinco de Coisas que o Homem Deve Fazer Antes de Morrer:

- Plantar uma árvore.
- Escrever um livro.
- Fazer um filho.
- Escalar o Evereste.
- Fazer um milhão de dólares.
- Participar de um ménage à trois.
- Entender a teoria da relatividade.
- Ficar 40 dias de jejum.
- Aprender a tocar um instrumento musical.
- Provar peiote.
- Correr uma maratona.
- Aprender uma língua estrangeira.
- Passar por uma cirurgia.
- Duvidar/Acreditar na existência de Deus.
- Parar de beber.
- Abrir uma empresa.