Saturday, February 23, 2008

Pois este blog não quer ser tão sério

Friday, February 22, 2008

Francisco Obama

2004: Comício do candidato a vereador de Curitiba, Francisco Garcez. Um povo sofrido com fome às 8 da noite esperando qualquer coisa que servissem. “Será que só vai sair comida depois do discurso” perguntava a velhinha sentada numa das poucas cadeiras. O povo, uns mil, na maioria em pé.

2008: O telão do ginásio do time da NBA de Houston, os Rockets, mostra gente famosa que apoia Obama. Com um copo de Red Label na mão e um livro do Saramago “Todos os Nomes” na outra espero. “Não sei se esta bagaça vai demorar” pensava eu.

2004: A casa de eventos do lado da canaleta do expresso “Pra gente conseguir chegar” estava lotada. Um trabalho bem feito pelos membros da campanha do candidato do PT. Eu à tarde estava lá pendurando bandeirinhas com meu companheiro Eduardo Amatuzzi.

2008: Uma negra bonita no palco puxa o coro. “Barack” para um lado do estádio. “Obama” para o outro. As 20 mil pessoas gritavam e festejavam o evento. Não pude deixar de lembrar minha primeira visita a uma igreja evangélica aqui nos EUA. Os eventos aqui, igreja, comício, ganham aura de show. E o orador, o pastor, o candidato tem que ser antes de tudo um showman.

2004: “Oba, chegou a comida”. Uns pratos de salgadinhos, coxinhas, kibes, passando e o povo sofrido de esfomeação atacando. Depois sim, começou o comício. O papo era tapar buracos, construir valetas e outras coisitas como é comum no discurso de qualquer candidato a vereador em qualquer canto do Brasilzão.

2008: O Sr. Barack Obama candidato a presidência da maior potência mundial é um baita showman. Nas pausas da fala, aplausos eufóricos. Em 44 minutos conclui com promesas de fim da guerra no Iraque, planos de saúde para todos e reduçao de emissão CO2.

2004: Francisco Garcez não foi eleito. Foi por pouco. Faltaram uns 400 votos, se não me engano. Mas pelo menos até 2008 continuaria tocando o jornal de bairro Folha do Boqueirão e fazendo o que podia para, bem, tapar os buracos das ruas do bairro.

2008: Obama vai bem. Tem a maioria dos delegados necessários para ser o candidato do partido democrata e se eleito se tornará o primeiro presidente negro dos Estados Unidos da América.

Tuesday, February 19, 2008

Breves considerações sobre este tal de mundo

Kosovo. Comecemos Kosovo, porque sem ovos não dá!

Este lugar cujo nome dá vontade de fazer uma piadinha é o mais novo país independente deste tal de mundo. Bem, é ou não é. Pelo que entendi a independência de um país tem que ser aprovada por outros países para que aquele país seja de fato um país. É isto? E se metade do planeta reconhecer um novo membro e a outro metade não? Vai para segundo turno?

A Espanha, entre as grandes nações européias não reconheceu a independência de Kosovo. Mas é óbvio que não reconheceria. Com os Bascos ali dentro de suas fronteiras loucos para formarem sua própria república, a Espanha não daria esta chance. A Rússia também disse não. Os EUA disseram sim. Os dois como muitas vezes de lados opostos. E o Brasil, ah o Brasil! O Brasil vai esperar um pouquinho para depois decidir, para que pressa?

Eu sinceramente estou com o Brasil e ainda não tenho opinião formada. (Detesto quando isso acontece. Estou distraído acompanhando a política só de 231 outros países e vem um fora da minha lista declarar independência, saco).

Mas o que realmente me preocupa é o quanto estamos longe do futuro. Sim, se alguém aí lê qualquer coisa de ficção científica sabe que conforme o planeta terra evolua a tendência é que todas as raças, religiões e povos vivam em paz e uma comunidade mundial existirá no lugar de países independentes. Até um dia, todos os extraterrestres, pelo menos da nossa galáxia se unirem a nós. Daí para frente guerra só com outras galáxias. Oba!

Cuba. Brasil lançou foguete, Cuba também quer lançar, Ô Cu-Cuba lança....

Mais um país cujo nome pode virar piadinha está no centro da atenção da imprensa internacional (Será que é combinado isto? Já imaginou, manchete do Le Figaro: Cuba Lança Novo Presidente e Kosovo Não Entra na ONU).

O Fidel se foi. Não deu o gosto aos EUA de morrer mas simplesmente recusou se “candidatar” às próximas “eleições”. Bem, mais um assunto polêmico. Sim, ele mandou prender gente e possivelmente até matar uns que eram contra o sistema. Mas ele também criou excelentes sistemas de saúde e educação sem ajuda do rico Tio Sam.Uma disputa David x Golias na qual muita inteligente em algum ponto já tomou o lado de Cuba.

Dinamarca. País chato, pô. Não dá para fazer piadinhas de fundo sexual com o nome. Que saco!

A Dinamarca ganhou a primeira posição numa lista de países mais felizes do mundo. Não sei, não conheço, nunca fui para lá. Mas uma vez conheci uma dinamarquesa, linda, loira, alta, com um par de...Bem, sei que ela me fez bem feliz.

O que quero com o tópico Dinamarca é mostrar algo que garanto que vocês nunca viram (Não, não tenho fotos da dinamarquesa nua): as famigeradas charges e caricaturas do profeta Maomé que causaram tanto rebuliço a um tempo atrás. Fiquei por tempos curioso e, o pior, indignado que tanto falavam sobre as consequências dos desenhos mas ninguém tinha os cunhões de mostrar os malditos. Estão aqui as charges.

Houve um tempo que eu queria ser amigo de todo mundo. Agora depois de publicar estas charges aqui sei que já não posso mais contar com nenhum terrorista xiita extremista. Fazer o que, não se pode agradar a todos.

Wednesday, February 13, 2008

De volta das férias, encontro uns cúbiculos vazios, aliás o andar todo está às moscas. Uma cambada foi mandada embora. Eu com meus botões pensando que talvez minha hora havia chegado. Principalmente pois na minha inquietude de viajante compulsivo não estava aqui quando o projeto tomou outros rumos. Mas para minha surpresa não foi o caso. Continuo firme na firma. Sou ainda muito bem quisto e precisado por sinal.

O filósofo de final de semana Jair espertamente analisou um dos paradoxos do capitalismo que porventura explica o como as minhas ausências periódicas me ajudam a ser um querido empregado.

DA SÉRIE: "Paradoxos do Capitalismo Corporativo"

Se você trabalha de acordo com as regras procure ausentar-se com certa regularidade pois, assim, seu chefe notará que sua falta reduz a produção e que você é útil. Se você não se afastar jamais, como seu chefe imediato poderá aquilatar a sua produção? Como medir a quantidade de trabalho que deixa de ser feita se você não permite comparações entre presença e ausência? Assim, deixar de trabalhar de vez em quando é necessário, mais até, é fundamental para a estabilidade do trabalho, seu e da empresa na qual trabalha.


Fica aí então uma dica para todos os caxias nesta corrida de ratos.