Thursday, June 29, 2006

Série: Contos minúsculos
1
Porque eu não te amo mais. E digo mais, teu cachorro vai embora comigo.

2
A luz vermelha apagou depois de anos acessa na grande casa na pequena cidade agora governada pelo Padre.

3
“Ludovaldo, uma dose do seu melhor scotch.” “O que que aconteceu?” “Fui mandado embora.” “Seu Renato, nada pessoal, mas vou trazer um whisky mais barato.”

4
A senhora, de mãos velhas e cansadas, entretanto tricova e fazia o novelo azul rodopiar. Depois de anos de espera, a mais nova das cinco filhas permitiria que ela usasse o plural de neto no masculino. Falaria com orgulho do décimo-segundo neto.

Saturday, June 24, 2006

Goooooool do Asdrubaldinho.

É verdade que na seleção do México (que lutou bravamente contra os Argentinos hoje) pudemos encontar nomes como Torrado e Guardado. Mas geralmente a seleção com os nomes mais, digamos, criativos é a brasileira. Confira como seria seu nome numa camisa canarinho. Aqui.

Monday, June 19, 2006

Meus melhores textos

Coloquei ali do lado, à sua direita, alguns links para os meus melhores textos publicados aqui no Ornitorrinco. Se você ainda não os leu, leia-os. São divertidos.

Sunday, June 18, 2006

Regime

Desconfiei que estava com algum peso extra quando percebi que quando sentava no sofá a primeira coisa que eu fazia era, automaticamente, puxar uma almofada para cima da barriga. Daí parei de me enganar: Estava barrigudo.

Antes de me lançar em qualquer dieta maluca, fui fazer um exame geral, o tal do check-up. Resultado, estava com o colesterol alto. A sugestão do médico foi exercício e boa alimentação.

Como sei que vou ter que passar por um período de seca, aproveitei o final de semana para uma despedida ociosa recheada à costela e cerveja. Na segunda eu começo o regime.

Ou não.

Tuesday, June 13, 2006

A Criança de Bom Coração tinha Razão

Eu, criança pequena, estranhei quando me mudei para Curitiba vindo do Rio e no Sábado antes da Páscoa não lincharam o Judas.

No Rio de Janeiro o boneco pindurado no poste era esperado pelos moleques com mais ansiedade que os ovos de chocolate do dia seguinte. Era uma festa. Na minha rua, classe média-baixa, fazíamos um Judas de calças jeans surradas, camiseta velha e, para a cabeça, meias de seda furadas. Ás vezes colocávamos bolas de isopor para os olhos, se não só desenhávamos os contronos dos olhos, nariz e boca com uma caneta Pilot. Lembro que uma vez, só uma, o nosso Judas teve pés. Um par de tênis M2000 que já não servia ao dono por causa do tamanho e estado. Nas ruas dos burgueses eles tinham calças boas sempre e camisas de botão. Os meninos e meninas lá linchavam um Judas que tinha até mãos feitas de luvas enchidas (não com nossos jornais velhos) com algodão ou pano, coisas mais caras.

Mas as crianças ricas ou pobres eram puras e inocentes e não ligavam para qualquer outra coisa que não fosse brincar surrando o boneco Judas com um cabo de vassoura e depois colocar fogo no resto. Era isso, simples diversão.

Depois a gente cresce. Aprende que o simbolismo folclórico de malhar o Judas na cidade primordialmente povoada por lusitanos tinha origens atreladas ao catolicismo dos seus fundadores. Escariotes era a representação da infidelidade, e ao lado dos Judeus e Romanos assumia a culpa de estender o pesar dos homens. Traiu Jesus e ali, naquele ato de bater e queimar estava uma manifestação de religiosidade para a absorção e entendimento do sentido do beijo fatídico em Nosso Salvador. Era então algo sério, não era brincadeira.

Agora adulto acham o tal do Gospel de Judas. Os historiadores e teólogos descobrem que Judas declara-se inocente em seus escritos e afirma que Jesus pediu para ser traído como parte de um plano divino.

Puxa vida! Era só uma brincadeira então. Povo boboca!

Sunday, June 11, 2006

Pra quem você torce?

Meu critério para decidir para quem eu vou torcer em jogos da Copa é simples. No topo da lista, obviamente, o Brasil. Lá embaixo está a Argentina. O meio é recheado indo dos países mais pobres para os mais ricos. Pra dar um pouco de alegria para o povo sofrido deste mundo.


Sobre o filme "Cars"

Na sexta vi "X-Men" e ontem, sábado, "Cars". Este foi bem mais ou menos. O humor do filme não chega ao nível um pouco mais adulto de "Shreck" e também não deixa fácil para as crianças. Fica na pernumbra.

Como as figurinhas são carros, e não brinquedinhos, ou monstrinhos, ou insetinhos, fica complicado deixá-los queridos para crianças. Acho até mesmo que o que os meninos gostam nos carros é justamente o que eles não tem de fofos. São as linhas duras, retas, a velocidade e agressividade que seduzem a meninada. Mais uma vez, "Cars" fica no meio termo.

Nota: B-


Sobre o filme "X-Men 3"

No gênero ação de mocinhos x bandidos, que geralmente pode ser e é previsível, só a ação propriamente vale alguma coisa. Mas o novo X-Men tem as boas lutas e explosões e adivinhe: Mocinhos morrem no final! Só por isso a estória já ganha alguns pontos. Numa reflexão mais aprofundada sobre a trama podemos ainda, duvidar sobre quem relmente são os bons e quem são os maus. Não fosse a cara feia destes contra os traços certos daqueles, só baseado na impulso ideológico de cada grupo, ficaria difícil escolher.

Nota: B+

PS. Alguns jornais americanos e algumas revistas gay estão dizendo por aqui que os heróis de X-Men são gays. Chegaram até mesmo a sugerir que o Professor Xavier e Magneto tiveram um caso no passado. Tudo bobagem.

Friday, June 09, 2006


A Gravata

Estou usando gravata para trabalhar agora.

Mas que coisa é essa, a gravata? De primeira pode parecer um babador. O animal corporativo quando vai almoçar libera o bicho interior e baba. Esparrama comida e a gravata garante a limpeza da camisa. Para a próxima reunião troca-se a gravata pela outra que está no bolso do paletó. Mas se fosse isto, seria a gravata algo muito ineficiente. Ela é pequena demais, não protege muito. E é geralmente confeccionada a partir um tecido sofisticado, não dá para ficar lavando toda hora.

Pode ser então uma espécie de cachecol. No calor, sabe-se bem que o simples fato de soltar a gravata alivia alguns graus. Mas, espera aí, no frio uma gravata ajuda pouco, quase nada no aquecimento do pescoço. Obeservemos os chiques executivos que colocam por cima da gravata, coletes, cachecois e sobretudos. Conclusão, também não é isto.

Pode ser simplesmente que aquele pedaço de pano só sirva para enfeitar mesmo. Pode ser. Entretanto, geralmente os padrões de cores, listras, retângulos, triângulos, figuras geométricas em geral, ou aqueles (aaaaaaah!!!!) desenhos de personagens, que decoram a gravata não serviriam para confeccionar qualquer outra peça de roupa. Feche os olhos e imagine suas calças de bolinhas.

Sobra então o valor simbólico. A gravata está ali e simples sugere A CORDA NO PESCOÇO!

Da série: Já ouvi numa mesa de bar

"É uma conta bem simples. Do dinheiro que eu ganho eu gasto metade com academia, salão de beleza e roupas me consertando. O resto vai para a cachaça me estragando."

Monday, June 05, 2006

As pedras no mar de Oregon

Quando estive no estado de Oregon algumas das coisas que achei mais fascinates foram as enormes pedras fincadas no oceano que acompanham a costa inteira. Na Austrália existem no mar do estado de Victoria Os Doze Apóstolos. Agora, com todo respeito, em Oregon tem uma cambada de apóstolos!

Estréio assim, ali no canto direito depois dos links, meu cantinho de fotos. Volta e meia haverão imagens que fiz. Aliás, fotografar é uma das minha formas de expressão predilétas.

Saturday, June 03, 2006

Faz sentido?

Tem coisas aqui nos Estados Unidos que depois de um tempo longe do Brasil parecem que fazem sentido.

Um brasileiro convida os amigos de empresa, americanos e brasileiros, para um churrasco na sua casa. É um churrasco normal para os padrões do Brasil, de várias horas de carne no fogo e cerveja na mão. Um americano convidado passando pela sala tropeça num taco, cai e quebra a mão. Na segunda-feira o americano entra com um processo na justiça contra o brasileiro por ele não ter a casa em condições seguras para receber convidados.

Pergunta sincera de quem realmente não sabe a resposta: Isto faz sentido?