Monday, April 30, 2007

Série:
Tudo que você sempre quis saber sobre os americanos mas não sabe ainda porque só foi ver aquele filme por causa dos efeitos especiais:



Por que americano é burro?

O americano se preocupa com o que acontece dentro do seu país somente e isso todos sabem.

Ao se prestar uma atenção maior nota-se que ainda por cima ele só se interessa por coisas do seu interesse (perdão pela redundância). Explico: O sujeito trabalha como instalador de ar-condicionado. Sabe o suficiente sobre ar-condicionados, obviamente. No final de semana ele assiste corrida da Nascar ou futebol americano. Ele sabe bastante sobre estes dois assuntos. Mas ele uma vez foi pra uma praia no México. Ficou num hotel para americanos onde passava as corridas e os jogos que ele gostava, é claro. Lá ele comprou um sombreiro que mostra com orgulho para quem vai a sua casa. Portanto ele sabe nada sobre o México.

O cérebro deste médio hipotético americano está ocupado assim: 30 %: Ar-condicionados, 70%: Futebol Americano e NASCAR e 0% cultura mexicana. ( A bandeira do México ele sabe bem é verde, branca e vermelha. Ou seria azul, branca e verde?)

Pensa-se assim.

Por que americano é gordo?

A resposta clássica estaria relacionada com a abundância de lanchonetes de fast food cujo símbolo maior é o Mc Donalds. O que é parte da verdade.Deve-se entender também que estes são os lugares mais baratos para se comer. O número de pessoas acima do peso é maior entre os de baixa renda.

No Brasil é quase um evento a família se reunir para ir comer no Pizza Hut por exemplo. Eu lembro que quando era criança no Rio de Janeiro, minhas festinhas de aniversário eram no Bob’s. Enchíamos a pança de hamburgeres e milkshake de ovomaltine. Mas era um acontecimento. O dia-a-dia tinha minha mãe na cozinha.

O que nos leva a um outro fato engordurante sobre os EUA. Não se cozinha em casa. Por consequência não se sabe ao certo como e com quanto açúcar e gordura os pratos são preparados. Mesmo fora do circuito fast food.

Por último, mas não menos importante, é que se gasta menos energia usando-se os carros, esteiras, escadas rolantes, elevadores que tem em toda a parte para ir ao trabalho, jogo de basebol ou lanchonete.O sujeito pega o carro na garagem, dirige até o KFC, pára o carro na frente da birosca, come frango frito, volta pro carro, volta pra casa. Não tem que deixar o carro a duas ou três quadras. E antes que você questione: sim, todos tem carro mesmo os mais pobres.

Come-se assim.

Por que tem sempre um americano nos pódios olímpicos?

De certo modo o motivo é o mesmo que faz o americano ser gordo. Num país desenvolvido há uma sobra de produtos e bens, mas pode-se transformar isso em uma sobra de tempo livre.

Para os que conseguem perceber que mesmo trabalhando menos se terá muito mais do que o suficiente para viver, sobra tempo. Pode-se por exemplo trabalhar 30 horas por semana e usar o tempo livre para treinar. É isso que muitos fazem. E ainda sobra dinheiro para escolher comer fora todo dia ou comprar uma espada de esgrima.

Ganha-se assim.

Saturday, April 28, 2007

Um grande atleta

No período de menos de um ano Andrew McOneil atravessou o Canal da Mancha a nado, escalou o Monte Everest e caminhou o Deserto do Saara. Os feitos por si sós são surprendentes, mas o que realmente chama a atenção é a condição física de McOneil. Com 1,79 metro de altura e 143 quilos, McOneil é considerado gordo pela Organização Mundial de Saúde.

“Quero mostrar ao mundo que ser gordo é ser saudável” afirma com orgulho o técnico em informática de 29 anos. McOneil mantém o seu bem distribuído tecido adiposo consumindo em média 5 mil calorias diárias em forma de macarrão, picanha, arroz , linguiça, batatas fritas. “Tudo com muita gordura”, complementa.

Perguntado por que ele então não diminui o consumo de calorias para perder peso e cumprir suas provas com mais facilidade; ele dá uma risada balançando sua barriga e responde: “Porque daí você não estaria aqui me entrevistando, estaria?”.

Extreme Sports

Tenho programado um salto de pára-quedas em maio e uma corrida de 30k na mata em junho. Acho engraçado que o contar do salto extraia tantas interjeições como;
Sério? (really?),
Nossa! (oh my gosh!)
Vai si fudê! (what da fuck!)
Mas sobre a corrida ninguém diz coisa alguma.



Pra se jogar de um avião queima umas duas calorias, não cansa, não dói. Agora passe 4 horas correndo no meio do mato.

Thursday, April 26, 2007

A volta à vida do Ornitorrinco

Este blog tem três tipos de leitores:

Os amigos e familiares, que muitas vezes entram no blog por pena ou por se renderem aos vários insistentes pedidos de “Leiam O Ornitorrinco, por favor!” por email, msn, telefone.

O segundo grupo são os sujeitos que googlam* uma palavra ou frase que os trazem até aqui. Estes constituem a maioria dos acessos num dia qualquer, mas também são os que entram uma vez e nunca mais voltam.

Entretanto de vez enquando um destes perdidos acabam gostando de algo que lêem aqui e viram frequentadores, o terceiro grupo. Admito, dá um pingo de orgulho. Obrigado a todos vocês dois!

(Para saber de tudo isto é fácil. Basta instalar uma ferramenta que permite que você confira quantos acessos seu blog teve e de que parte do mundo ele foi acessado, além do tempo de permanência de cada leitor.)

Apesar deles serem sempre bem-vindos, o que faz este blog continuar vivo não são estes leitores que me descobriram por acaso, gostaram do que escrevo e continuaram voltando. Este blog é como um boteco de família. Quero que vocês meus amigos venham a hora que quiserem, coloquem os pé em cima da mesa, arrotem, peidem, pagem ou pendurem a conta.

Acho que as saudades diminuem um pouco se posso contar minhas estórias mesmo estando atrás do balcão.

*Todo mundo já deve saber, mas só no caso: Google já virou verbo, tá?

Tuesday, April 24, 2007

Sydney


Foto minha.

Monday, April 23, 2007

Eu não volto mais pro Brasil.

Espero que esta breve explicação ajude meus amigos a entender.

Vejo a migração de um país pobre para um país rico como a saída do interior para a capital.

Não há um lugar melhor ou pior. É escolha.

A família e os amigos ficam lá e com razão cantam as qualidades do campo. O coração dói, dá saudades pra caramba. Por favor não se enganem; não são as luzes da metrópolis que hipnotizam o cumpadre. Lá há um elemento chamado descobrimento flutuando no ar. Há a descoberta de novas oportunidades e diferentes valores. Há uma visão mais ampla do mundo.

Como muitos, meu pai inclusive, que saíram da cidade pequena, eu pretendo não voltar mais e me entregar por completo à cidade grande.