Tuesday, July 25, 2006

Sobre o filme "Superman Returns"


“Tá”. Esta é a sensação ao se sair da sala de cinema onde Supermam foi exibido. Tá, é divertido. Tá, tem bastante ação. Tá, não foge do estilo dos bem sucedidos filmes dos anos 80. Inclusive as atuações de Kevin Spacey e do novato Brandon Routh não se parecem com Lex Luthor e Clark Kent/Superman, eles interpretam com maestria Gene Hackman e Christopher Reeve, quem para todos os efeitos transcederam e viraram os personagens no inconsciente mundial. Os atores que arriscam representar o filho de Kripton e seu maior inimigo tem duas opções: serem fraquinhos quando se distanciam dos “originais” como nos seriados televisivos ou serem de outra forma grandes “Tás”.

Nota para o filme: B

PS. Para que justiça seja feita. O filme tem sim crédito. Na maior parte do tempo você até esquece que na verdade tudo gira em torno de um cara com bastante gel no cabelo, vestido de colan azul e sunga vermelha.

Saturday, July 08, 2006

Urso

Distraído, olhei pela janela da casa onde estava ficando no Colorado e vejo um urso no quintal. Esta foto fui eu que fiz.



Foi fantástico.

Vamos falar das poucas palavras que existem.

Comecemos com um exemplo clássico: A cadeira. Você sabe o que é uma cadeira. Na sua mente há um exemplo genérico desta coisa. Mas esta imagem não é uma fotografia fixa. Ela carrega subjetividade, flexibilidade. Uma cadeira de madeira leva ao mesmo arquivo mental que uma cadeira de plástico.

O mesmo raciocínio se aplica à banqueta, ao banco, ao assento, à poltrona, ao sofá.

Porém existe um objeto, uma cadeira com apoio para os braços, acolchoada, talvez com alguma inclinação, da qual não se sabe ao certo se é uma cadeira ou uma poltrona. Existe entre todos estes elementos citados, cadeira, sofá, banco, etc, objetos híbridos que não são só um nem só outro.

Imagine uma reta que vai da cadeira perfeita (que não deixa dúvidas de que é uma cadeira, que não tem nada nela que possa fazê-la se parecer com um outro tipo de assento, se é que tal coisa existe) até o sofá perfeito (sob as mesmas hipóteses). Agora imagine todas as palavras do mundo, em qualquer língua para definir um objeto onde se senta. Eu aposto todas as minhas fichas que há mais variações nas formas dos objetos do que palavras.

A quantidade de palavras é infinitamente menor que a quantidade de objetos no mundo.

Mas o mais importante nem é isso. Devemos considerar as idéias também.

A quantidade de objetos é infinitamente menor que a quantidade de idéias.

Exemplo prático: Na minha cabeça, neste momento, eu vejo um alienígina sentado numa wxztrkjhwwptg. Para definir uma wxztrkjhwwptg precisáriamos de todas as palavras usadas nas ciências da Terra e mais umas palavras que teríamos que inventar como hgtrfpzxt e jsrrrrnv ou tprnmwqprtqqs.

A aplicação prática desta bobagem toda é simples. Não se estressar em busca de sucesso, felicidade, amor. Estas palavras que estão tentando definir desde que mundo é mundo. Já tentaram explicar elas usando todas as palavras de todas as línguas de todos os tempos e mais wxztrkjhwwptg.