Saturday, May 05, 2007

Crawfish e Zydeco

O Crawfish é um crustáceo. Esta frase faz um bom começo pois é difícil explicar o que é o bicho. Ele tem a aparência de uma lagosta no formato e cor mas é do tamanho de um camarão. Um camarão médio. Detalhe, o crawfish dá em água doce. E como agora está óbvio, não tem nada de peixe. A primeira vez que me perguntaram se eu já tinha comido crawfish fiquei imaginando que cara teria aquele peixe. Seria algo como um bagre? Não sabia nada.

Pra cozinhar estes bichos usa-se água fervente com um tempero bem picante. Pra servir na maneira tradicional coloca-se um balde como os baldes de metal que se acha em áreas de serviço na mesa. Dentro estão os crawfishes mais uns pedaços de milho e batata para acalmar a boca quando começa a ficar picante demais. Pra comer quebra-se a casca do rabo do bicho com as mãos. Como se faz com o camarão, só que a casca aqui é bem dura. Faz uma sujeirada. Os comedores “profissionais” pegam a cabeça e a chupam enquanto a espremem. É de acordo geral que o melhor sabor sai dali, mas a dúvida que faz pouca gente fazer isto é o quando isso é limpo pois a princípio é ali que estão os intestinos do crustáceo. Eu chupei algumas cabeças e gostei. Se você estiver se perguntando: a resposta é sim, também tem as piadinhas quando se chupa as cabeças o que só diminui o número de apreciadores.



Foto minha

O zydeco é um estilo de música com origem no estado da Louisiana. Lá é bastante popular principalmente entre a população negra descendente de escravos. O ritmo é de batida rápida e uma música emenda na outra. Um instrumento que não pode faltar numa banda de zydeco é uma chapa de metal ondulada, como aquelas que se usa para lavar roupas. Essa tábua de lavar cujo nome verdadeiro desconheço é pendurada no pescoço e se aranha com dois pauzinhos produzindo som.

Foto minha

Final de semana passado fui num festival comer crawfish e escutar zydeco. Coisas autênticas como estas ás vezes são difíceis de se encontrar numa terra onde muito é produzido em série. Gostei bastante.

1 comment:

Anonymous said...

Viu? Há vida criativa até numa sociedade "pasteurizada" como essa aí. Sou de opinião que em qualquer lugar do planeta existirá, sempre, alguma coisa que valha a pena, até na Antártida.